O que defendemos

Quando se passa a considerar natural que a fome, o desemprego, a miséria, a precarização do trabalho, a destruição do meio-ambiente convivam e se apóiem na enorme concentração de riqueza; nós convidamos todos os estudantes e trabalhadores que se indignam a sambarem com a gente.

 

Quando o som que predomina na universidade pública é aquele restrito às suas cercas, para poucos ouvidos; nós nos propomos a tocar o samba que vem da rua, junto com que não tem voz e nem vez por aqui, e a fazer do tripé ensino, pesquisa e extensão, instrumentos de reflexão, crítica e proposição de mudança para o conjunto dos problemas sociais que nos circundam.

 

Quando os batuques que se repetem no âmbito da educação buscam enquadrá-la cada vez mais como um privilégio, um bem, uma mercadoria ou uma modalidade virtual; insistimos em batucar em outro tom, lutando para que haja expansão de vagas presenciais com garantia de financiamento público e primando para que a educação se efetive enquanto um direito social, público, gratuito e de qualidade para todas e todos.

 

Quando a descrença e a apatia tomam lugar da esperança e do combate; nós dizemos que continuaremos dançando no ritmo de quem luta, com samba no pé e em compasso com as mãos, ao invés de apenas observar e esperar.

 

Quando se proclama que não há mais espaço para sonhar, para questionar, para ousar, é momento de reafirmar que o bom samba não tem lugar nem hora e que é preciso que o nosso samba se enriqueça com vários tons, cores e melodias, tome a dimensão do grito abafado há tantos anos, da indignação diante de tanta desigualdade e injustiça.

 

Quando insistem em acabar com nosso samba e dizem que já não há mais sambistas por aí, convidamos em alto e bom som a participarem dessa roda com a gente, a construir o movimento estudantil autônomo, democrático e combativo, para que essa pauta se transforme no samba forte que vai ocupar e transformar essa realidade!

 

 

Leia a Carta Programa e os materiais que fizemos focando as especificidades dos cursos: exatas e tecnológicas, saúde, ciências humanas, artes e educação física, FCA, FOP e FT. Veja o material que discute mais profundamente assistência e permanência estudantil e o nosso resumo de propostas.

Vinicius de Moraes

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